quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Coco, conhecia tão bem este cheiro… corri e exactamente onde eu esperava estavas tu. Cabelo ao vento, longos caracóis soltos, brilhantes a esvoaçar ao ritmo do tambor frenético que nos separa. Faces bem delineadas, corpo bem esculpido, para muita gente, nada mais passarias senão de um sonho, eras demasiado bela para qualquer realidade. Olhas-me pelo canto do olho, o meu coração dispara como um alarme viciado sempre que o fazes, brincas com o teu cabelo, sabes como isso me deixa… sorris levemente e cravas os teus olhos nos meus. “Não consigo parar de te olhar!”. Aproximas-te. “Não faças isso, não me controlo!”. Sem deixares de me olhar fixamente nos olhos pegas minha mão e aproximas-te mais. O teu cabelo é mais uma vez levado a dançar com o vento. És ainda mais bela quanto te aproximas de mim, aproximas-te, talvez demasiado, sabes como isto me deixa! Estamos de mãos dadas, cabelos ao vento, suficientemente próximos para sentir o doce bater do teu coração. Levas os teus lábios ao meu pescoço e encosta-los suavemente. “Por favor, PARA!”. Brincas, brincas com os meus sentimentos, brincas com o meu sorriso, brincas comigo. Afastas-te novamente e sorris, sorri-o duma forma involuntária, já não há nada que possa fazer e tu simplesmente levas o teu sorriso a tocar o meu, apertas-me a mão e abraças-me. Afasta-te mais uma vez e tocas a minha pele, amo-te demais para resistir. Aproximo-me, desta vez completamente decidido a amar-te e beijo-te, brinco com os teus lábios, com os teus cabelos, com o teu sorriso, com os teus olhos, é a minha vez de liderar, de tomar controlo. Entre beijos e toques nas peles nuas eu amo-te. Sentamo-nos na areia molhada e encostamo-nos sobre ela, neste momento és só minha! As minhas mãos percorrem o teu corpo de forma a acariciar todas as tuas curvas. “AMO-TE, AMO-TE!”. E quando achava que já nada nos separava, brincas comigo mais uma vez, levantas-te e deixas-me de tronco despido mergulhado na areia fria. Sorris, “ai Deus que sorriso lindo!”, abotoas novamente a tua blusa e corres em direcção aos imensos mares de areia, deixas-me, deixas-me a pensar em ti, deixas-me a sonhar contigo, deixas-me à espera da próxima vez, se é que haverá alguma. “Amo-te…”

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